top of page

Pesquisadores do Lina

Aparecida Vilaça (Coordenadora)

Mestre (1989) e Doutora (1996) em Antropologia Social (PPGAS-MN/UFRJ),pós-doutorado na Universidade de Cambridge (Inglaterra, 2004), é professora associada do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, do Museu Nacional da UFRJ, e pesquisadora 1C do CNPq.

Desde 1986 realiza pesquisa de campo com os Wari', grupo de língua Txapakura de Rondônia, tendo se dedicado aos temas do canibalismo, xamanismo, parentesco e história do contato. Nos últimos anos dedicou-se ao estudo da experiência dos Wari’ com o cristianismo evangélico e, recentemente, voltou suas investigações para a relação dos Wari' com as práticas escolares e suas elaborações sobre as noções de cultura e tradição.É autora de “Preying and Praying. Christianity in Indigenous Amazonia”(University of California Press, 2016), “Strange Enemies. Indigenous Agency and Scenes of Encounters in Amazonia”(Duke University Press, 2010), “Quem somos nós. Os Wari’encontram os Brancos”(Editora UFRJ, 2006) e “Comendo como gente. Formas do canibalismo wari’” (Editora UFRJ e Anpocs, 1992).
 

aparecida.vilaca@terra.com.br

Rafael Fernandes Mendes JR

Mestre (2010, UFF) e Doutor em Antropologia Social (2016, UFRJ).

Há 12 anos desenvolve pesquisa com os Guarani nas terras indígenas Araponga e Parati-Mirim, no sul do estado do Rio de Janeiro. Privilegia as temáticas em torno da caça, parentesco, as transformações sócio-cosmológicas, bem como as relações estabelecidas com os brancos, sejam através da conversão cristã, sejam através da apropriação pelos Guarani do conceito de “cultura”. A partir de 2012 ampliou sua pesquisa para outros grupos guarani que vivem nas terras indígenas Xambioá e Nova Jacundá na região Norte do Brasil. Além dos temas citados, as pesquisas com esses grupos setentrionais trouxeram a tona a temática sobre as migrações e a “mobilidade” guarani.

Foi bolsista CAPES de doutorado (2011-2015)

rafaelfmj@gmail.com

Bruno Nogueira Guimarães

Mestre (2012, UFRJ) e Doutorando (2012-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Pesquisa as relações dos índios Apanjekra (família linguística Jê), habitantes da aldeia Porquinhos (TI Porquinhos, MA), com a população não-indígena, dando destaque para as implicações do mercado e dos benefícios sociais na economia aldeã. A partir disto e em consonância com as práticas rituais e as narrativas históricas e míticas dos Apanjekra, investiga as percepções indígenas do contato com os "brancos", as noções nativas de "ética" e "dádiva" e o modo como teorizam acerca das transformações que protagonizam. Outros interesses de pesquisa são: a relação dos Apanjekra com os missionários, com a educação formal e com a burocracia estatal.

Foi bolsista CNPq e FAPERJ no Mestrado (2010-2012) e bolsista CNPq de doutorado (2012-2016).

brunongbh@gmail.com

Miranda Zoppi

Mestre (2012, UFRJ) e Doutoranda (2012-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Pesquisa a relação dos kaxinawá (povo de língua pano, autodenominado huni kuin, gente verdadeira) com a “política dos brancos”. Os espaços privilegiados desta relação são a participação na política partidária e no movimento indígena do Acre, onde vivem. Entretanto, a política é uma das relações estabelecidas com o “mundo dos brancos’ e com o Estado brasileiro. Dessas incorrem desdobramentos no interior do grupo e na própria concepção de política kaxinawá. Pautada na perspectiva e na temporalidade deste povo, a pesquisa aborda ainda as transformações ocorridas na chefia; a aquisição, produção e divulgação de conhecimento; e a vida indígena na cidade.

Foi bolsista CAPES de doutorado (2012-2016).

mirandazoppi@gmail.com

Rodrigo Amaro

Mestre (2013, UFMG) e Doutorando (2013-presente, UFRJ) em Antropologia Social.
Investiga as formas com que os guarani-kaiowás, das terras indígenas de Jaguapiru e Bororó-Dourados/MS, vêm se apropriando do rap. Os coletivos de rap indígena de Dourados, a partir deste gênero musical, objetivam sua cultura para outros coletivos étnicos e para os não-indígenas, através de suas narrativas rimadas em guarani e em português. A partir deste material de pesquisa, intento compreender esse movimento reflexivo de objetivação de sua cultura via rap indígena e seus possíveis efeitos sobre a cultura, bem como a temática da continuidade e mudança, dado que esta última é bastante presente, tanto nas falas dos mais novos que produzem o rap, quanto nas reflexões dos mais velhos.

É bolsista CAPES de doutorado.

Leonor Valentino de Oliveira

Mestre (2010, UFRJ) e Doutoranda (2014-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Desenvolve pesquisa na sociedade indígena do rio Mapuera (Terra Indígena Trombetas-Mapuera, noroeste do Pará), com foco nos processos de produção do parentesco e da pessoa, no contexto das experiências locais com o cristianismo e com a burocracia estatal.  Pesquisa também as perspectivas nativas sobre movimentos territoriais do passado e do presente, e sobre a vida em aldeias onde se concentram múltiplos povos, referidos de forma genérica nos escritos antropológicos como Waiwai (família linguística Karib). Privilegia as perspectivas de famílias que se identificam como Katwena, Tunayana, Mînpoyana, Cikiyana e Kahyana.

É bolsista CAPES de doutorado.

Paula Colares

Mestre (2014) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, desenvolve desde 2013 pesquisa junto aos Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, no estado do Acre. Essa pesquisa tem como objeto central a experiência recente de escolarização entre os Ashaninka do rio Amônia e o fenômeno da objetificação da cultura em sua relação com a educação escolar. A escola é concebida pelos Ashaninka não apenas como espaço para aprender “conhecimentos dos brancos”, mas como contexto de valorização e fortalecimento dos “conhecimentos tradicionais”, que ganham novos contornos e passam a ser entendidos como “cultura” como efeito do processo de escolarização. Trata-se de acompanhar, através da etnografia, de que formas a escolarização e o processo de fazer/aprender “cultura” produz efeitos nas relações sociais e ao mesmo tempo compreender as transformações que os Ashaninka produzem na instituição escolar.

É bolsista CAPES de doutorado.

Virginia Amaral

Mestre (2014, UFRJ) e Doutoranda (2014-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Este projeto tem por objetivo principal produzir informações etnográficas quepossam enriquecer a reduzida literatura etnológica sobre os Ingarikó e os Kapon, ao relacioná-la com a vasta literatura produzida sobre os Pemon e os demais povos indígenas das Guianas. A partir de trabalhos de campo realizados em períodos intermitentes junto aos Ingarikó da maloca Manalai e de pesquisa bibliográfica, pretendo refletir sobre as transformações culturais que eles têm vivido recentemente mediante o contato com a cultura dos não indígenas (karaiwa), mais exatamente, com a cultura urbana. Muitos dos Ingarikó, sobretudo os mais velhos e as lideranças, têm visto tais mudanças com preocupação e procurado, em contrapartida, valorizar sua religião Areruya, que consideram ser o coração do mundo (pata ewan) e o eixo central de sua vida. Assim, a pesquisa tem também o objetivo de refletir sobre como os Ingarikó têm se reinventado sob o signo da “cultura” ao associarem sua tradição à religião Areruya – complexo filosófico-ritual de fundo profético, influenciado por diversas ordens cristãs que estiveram na região circum-Roraima.

É bolsista CAPES de doutorado.

Amanda Migliora

Mestre (2014, UFRJ) e Doutorando (2014-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Na cidade de Porto Alegre é flagrante a presença indígena, sobretudo de mulheres e crianças Mbyá. O centro dessa capital do sul do país é o principal palco de uma prática denominada por esses agentes como 'porarõ' (po: mão rarõ: espera). Essa prática observada na grande Porto Alegre, consiste na saída quase que cotidiana dessas mulheres guarani, acompanhadas de suas crianças menores, de suas aldeias rumo ao centro da capital, para vender artesanatos, plantas e ervas coletadas nas redondezas das aldeias e ganhar o que quer que os juruá (não indígenas) tenham para oferecer: lanches, moedas, balas, roupas, e por aí vai.
O interesse pelo fenômeno ora mencionado levou-me até uma família residente na aldeia do Cantagalo, situada em Viamão. No período em que acompanhei o cotidiano das mulheres dessa família pude observar as consequências microsociológicas do 'porarõ' na vida doméstica e nas relações entre mulheres que, pertencentes a diferentes núcleos familiares, encaminham-se para a cidade com o mesmo fim, induzir e fruir do contato com a alteridade juruá.

É bolsista CAPES de doutorado.

João Paulo Denófrio

Mestre (2012, EHESS, França) em Etnologia e Antropologia Social e Doutorando em Antropologia Social (2016-presente, UFRJ).
Pesquisa o processo de construção da pessoa e sua incidência sobre a potência xamanística e a instabilidade morfológica entre os coletivos kagwahiva, constituintes do sub-ramo VI da família linguística tupi-guarani, localizados na Amazônia meridional, interflúvio Madeira-Tapajós. A investigação se propõe a compreender a possível relação entre os modificadores semânticos (ou operadores ontológicos) com os rituais de fabricação do corpo e a escatologia em questão. Para tanto, utiliza-se de análises mitológicas e demais dados cosmopolíticos.

Breno Anselmo Gomes

Mestre (2016, UFRJ) e Doutorando (2016-presente, UFRJ) em Antropologia Social.
Temos como objetivo aprofundar o conhecimento disponível a respeito das práticas verbais correntes na área do Rio Guaporé (RO) conhecida como Complexo do Marico, onde convivem em aldeias mistas grupos indígenas falantes de diferentes línguas (Tupari, Makurap, Wajuru, Sakurabiat, Aruá, Djereomitxi, Arikapó, Aikanã, Kanoé). O foco principal recai sobre os discursos nativos a respeito dessa diversidade linguística e as modificações que acompanham sua inserção nas escolas como um conteúdo objetivo e impessoal. Essa translação nos fornece um eixo interessante para contrapor duas modalidades de aprendizado e de conhecimento que hoje parecem operar paralelamente em muitos cenários ameríndios.

É bolsista CNPq de doutorado.

Tainah Leite

Mestre (2010, UFRJ) e Doutoranda (2011-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Marília Lourenço

Mestre (2011, UFSCar) e Doutoranda (2012-presente, UFRJ) em Antropologia Social.

Foi bolsista CAPES de doutorado (2012-2016).

Please reload

bottom of page